quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Colheita da cana de açúcar


A colheita e o transporte da cana-de-açúcar podem comprometer, significativamente, a qualidade do produto final e os cortes subseqüentes. Por essa razão, tais atividades devem ser executadas de acordo com orientações técnicas precisas. 
Em relação a seleção e operacionalidade de um sistema de colheita, especificamente para a cana-de-açúcar, a análise não deve limitar-se apenas a aspectos referentes à máquina ou à mão-de-obra. É preciso levar em consideração a fisiologia da cultura e os aspectos sociais, econômicos e tecnológicos. 
Do ponto de vista fisiológico da cultura, a colheita representa o final do ciclo de crescimento e maturação, atingindo o máximo de produtividade agrícola permitida pelas condições de clima e solo da região, pela tecnologia agronômica e variedades utilizadas.
No período de colheita, em municípios onde a atividade é importante economicamente, uma grande quantidade de mão-de-obra volante e, geralmente, desqualificada migra para essas cidades. Tal situação exige que os setores de promoção social das agroindústrias, e muitas vezes, dos municípios tenham que efetuar medidas que possam tornar a permanência desses indivíduos o menos impactante possível.
Nessa época, é necessário, também, a administração eficiente da grande frota de tratores, veículos de transporte e carregadores. Portanto, há necessidade de uma administração eficiente durante o período de colheita, com ações que envolvam tanto o campo como o ambiente externo ao canavial.
O aspecto econômico é dado em função não apenas da produção e produtividade agrícolas de colmos industrializáveis, mas ainda do adequado sistema de colheita definido pela agroindústria. Atendendo a todas as condições desejáveis de implantação e condução da cultura, o período de safra requer um complexo planejamento e gerenciamento por meio de mão-de-obra altamente qualificada, constituída de técnicos e engenheiros.
Alguns fatores relacionados à colheita, carregamento e transporte comprometem a qualidade do produto final, como:
  • queima antecipada da cana-de-açúcar (no caso de queima pré-colheita);

  • corte tardio após a queimada;
  • cana cortada aguardando carregamento, por mais de 24 horas;
  • excesso de matéria estranha no carregamento;
  • pisoteio ou destruição das soqueiras pelos empregados ou máquinas de corte, carregamento e transporte.
Em relação às opções de sistemas de colheita, as operações de corte, carregamento, transporte e recepção da matéria-prima podem ser resumidas em:
Sistema manual: o corte e o carregamento são feitos manualmente, podendo haver transporte intermediário;
Sistema semimecanizado: envolve o corte manual e o carregamento nas unidades de transporte, por carregadoras mecânicas;
Sistema mecanizado: utiliza cortadoras de cana e carretas de transbordo (Figura 1), empregando somente mão-de-obra especializada como operadores de máquinas e tratoristas, sem a necessidade do emprego de trabalhadores braçais. A colheita mecanizada tem como principal vantagem a rapidez na execução do trabalho, porém, se esse trabalho não for bem executado as perdas em eficiência serão maiores.


Fonte:
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-acucar/arvore/CONTAG01_12_711200516716.html 

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